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FAACG – 60 anos / Dia Internacional da Mulher – Profissionalismo e sensibilidade de Clélia Pastorello

Nascida num berço que imperava a arte, a cultura e a música, Clélia Lagazzi Russo Pastorello cresceu atenta às cores do mundo. Brincou. Estudou. Aprendeu a tocar instrumentos – piano, gaita e flauta. E tornou-se uma educadora e psicopedagoga de mãos cheias.

Estímulos para a aprendizagem não faltaram por parte de seus pais Paulo Américo Russo (chefe das Agências de Correios e Telégrafos de São Carlos, depois São Paulo) e Lucia Lagazzi Russo (empreendedora da área comercial). Paulo com formação primária trazia também na bagagem o gosto pelos idiomas – Frances e Inglês e pela Música. O avô paterno de Clélia, o maestro Francisco Paulo Russo teve uma vida dedicada à música. Fundou e dirigiu diversas corporações musicais, destacando-se a “lira Infantil Carlos Gomes”. Seu pai, Paulo foi o que mais se aproximou dos dons do avô e foi o primeiro professor de música da  Escola Estadual de Araras, cidade adotada pela família. As homenagens que a cidade prestou à família de Clélia são inúmeras – vão de nomes de ruas ao Teatro  Maestro Francisco Paulo Russo, inaugurado em 1991 – um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer que levou o nome de seu avô.

Com este currículo familiar, Clélia soube conduzir sua carreira profissional aliando Educação e Arte. E com essa sensibilidade trilhou um caminho na Educação tornando-se um ícone em sua prestação de serviços em diversas  escolas de São Paulo e entidades, como a Fundação Antonio-Antonieta Cintra Gordinho (FAACG), como supervisora há 12 anos.

Neste período, a psicopedagoga teceu sua rede de conhecimento, capacitando direção, coordenação e professores da FACCG, que soma seis unidades educacionais. “ Me entreguei completamente ao trabalho de supervisão. E vi que todas as pessoas envolvidas eram sérias no trabalho”, comenta Clélia.

Projeto Educacional FAACG

Em reuniões periódicas com a  equipe da Fundação, a rede tecida por Clélia foi ganhando corpo e o projeto educacional da FAACG (de zero a 17 anos) tornando-se uma realidade, como também a formação permanente do corpo docente (hoje sob o comando da direção da escola e diretora de formação).

“Nosso projeto educacional andou bastante. Ele se desenvolveu muito de quatro anos para cá. Ele cresceu com a riqueza da direção. Tenho uma apreciação muito grande pela forma em que Cida Bosco (diretora da Creche e Escola de Educação Infantil Almerinda Pereira Chaves  e Escola Antonio Cintra Gordinho) gerencia e como a diretora de formação Ana Teresa Gavião Mariotti atua em conjunto com a Cida. Acho que houve um amadurecimento muito grande da equipe de direção”, salienta Clélia.

Clélia afirma que o projeto educacional FAACG é o único caminho para uma educação diferenciada. “Tomamos todos os cuidados na construção do projeto. Ele corresponde ao trabalho. E este projeto você não faz sozinha. Não faz só com a direção e não faz só com os professores. Ele é corporativo. Esta visão corporativa é uma das coisas mais difíceis para o amadurecimento do trabalho. Você precisa se sentir parte. Fazer o que for possível para que a gente tenha um projeto aonde todos possam estar”.

Segundo ela , a vice-presidente Maria Thereza Passos Gordinho do Amaral de Oliveira é  presente. “As pessoas contam com ela. Maria Thereza está sempre junto… Discutindo. Isso é muito bom. Patrícia Razza (diretora geral) também está com a equipe”.

Clélia, por razões particulares, diminuiu sua jornada de trabalho na Fundação e se afastou por um período da supervisão. “Não tive dúvidas, em nenhum momento, quanto ao meu envolvimento com a Fundação. Estou fazendo o que posso, porque eu quero. A questão hoje é poder estar na Fundação. Inclusive, o fato de ficar ausente da supervisão, também é importante, porque você se sente muito dona… E isso não pode acontecer (risos)”.

 

Um pouco da Mulher Clélia

A psicopedagoga fala de si em poucas linhas…

Auto definição:  Não desisto das coisas.

O que mais gosta de fazer:  Alguns serviços de casa, tocar alguns instrumentos e ouvir música.

Livros preferidos: Sou muito voltada a poesia, livros poéticos, históricos e da revista Ciência Hoje, que a leio há 30 anos. Sou pouco de romance.

Um lugar: Gosto mesmo é da Natureza, adoro praia e a fazenda.

Recordação:  Tive uma experiência na juventude na escola onde estudei (Irmãs Jesus Crucificado) e retornei adulta e pude vivenciar lá grupos de formação.

Música: MPB contemporânea do meu tempo e do tempo dos meus pais. Gosto muito de música clássica também.

Projeto de vida:  É aquele que a vida cotidiana me deu. Não fiz um projeto de vida. Fui vivendo.

Sonho:  É poder dar conta da vida. Percebo que não sou simples nesse sentido… Uma coisa que me faz pensar… Buscar as soluções que a vida vai exigindo. Penso que às vezes poderia ser menos exigente com isso.

Conhecimento: É a riqueza que a gente tem da apropriação que a vida nos proporciona.

Aprendizagem:  Aquilo que você exercita  ‘no sentido’ as oportunidades que tem. E das oportunidades que os diálogos trazem. Não fica muito claro para os professores que as aprendizagens na Educação aparecem como em inúmeras situações que são de aprendizagem e você não chega a perceber. Aprender não é só ter interesse. É poder observar, pensar e se organizar. Isso ainda é uma coisa difícil para o educador.

Educação na FACCG:  Tenho necessidade de traduzir pelo Educar. Quando penso a Educação, penso na ampliação do campo educacional. No espaço da Educação está o Educar. E o Educar é um exercício interno de cada um… Da sua forma… Do seu jeito.

 

 

 

 

 

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