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Professores aprimoram Conhecimento sobre Pesquisa/Documentação

Os professores da Escola Antonio Cintra Gordinho (Fundamental/Ensino Médio e Ensino Médio Técnico) da Fundação Antonio Antonieta Cintra Gordinho (FAACG) – na manhã de segunda-feira, 25 de janeiro,  tiveram a oportunidade de participar da palestra da professora Maria Tereza Égler Mantoan, doutora em Educação e docente da Unicamp, que foi convidada para  abordar sobre ‘Pesquisa/Documentação’. A Fundação oferece formação permanente aos seus professores.

Este encontro é fruto da parceria da Fundação com Núcleo de Estudos de Políticas Pública (NEPP/Unicamp), por intermédio da professora, doutora Roberta Rocha Borges, coordenadora do grupo de estudos da Educação Infantil, deste instituto.

Direção

“Iniciamos nosso planejamento pensando na continuidade do estudo de documentação pedagógica, realizado em 2015 e, durante nossas discussões sobre esse assunto, sempre vieram  questionamentos sobre pesquisa… Já que somos uma escola que tem como objetivo a investigação do processo de aprendizagem do aluno, convidamos a professora Mantoan para esclarecer aos professores questões sobre pesquisa/investigação”, comenta a diretora da Escola Antonio Cintra Gordinho Cida Bosco.

Segundo ela, o encontro foi muito produtivo. “ Os professores puderam fazer perguntas sobre o que é pesquisa e como focar na investigação do processo de conhecimento do aluno.”

NEPP/Unicamp

“Desde 2013, Fundação e NEPP vêm trabalhando, numa parceria, para modificação do trabalho pedagógico da Escola Antonio Cintra Gordinho, pensando tornar a escola um espaço de pesquisa (escola pesquisadora), em que o aluno e o professor sejam pesquisadores do seu conhecimento –  e isso já é um ato próprio do Ser Humano -. A partir daí, a escola incitará a curiosidade do aluno e tornará o espaço mais agradável”, reforça Roberta e salienta: “ A professora Mantoan vem acompanhando os nossos trabalhos e com o seu conhecimento enriquece nossas discussões com um ‘olhar’ de fora da Fundação.”

Acompanhe abaixo um artigo de um professor nosso sobre o tema discutido.

 

Maria Tereza Eglér Mantoan  humaniza

 a forma de se entender o que é pesquisa

 

  • Guilherme Adami

“A professora Maria Tereza Eglér Mantoan, doutora em educação e docente da Unicamp, apresentou-nos, na manhã  de segunda feira, 25/01/2016, uma visão bastante instigante sobre o sentido de pesquisar: diferente da tradicional acepção ligada ao fazer acadêmico, Maria Tereza argumentou que o ser humano, por sua natureza, é curioso e busca compreender suas experiências, ou seja, atribuir-lhes sentido; logo, é um ser vivo, que pesquisa. Deste modo, a pesquisa passa a ser considerada como atividade cotidiana que é realizada por todos e não resguardada a uns poucos privilegiados. Pesquisamos aquilo que nos chama a atenção e desperta interesse; pesquisamos aquilo que nos faz indagar questões sobre nossa realidade.

A despeito desta definição, muitas práticas pedagógicas cristalizam a visão mais comum de que pesquisar diz respeito a um grupo de especialistas. A professora reproduz o que seria o pensamento do aluno desmotivado por este fato: “Se os outros já viram… se as coisas já estão prontas, porque eu vou atrás de procurar, eu mesmo?” Em outras palavras, estar no mundo através dos parâmetros de outras pessoas não instiga a saber mais, pois a modelização, representação e identificação do conhecimento são processos de exclusão, em que passam a ser admitidas algumas reações (ou respostas) a determinado problema do mundo, mas não outras, o que condena inúmeras maneiras em que os indivíduos se subjetivam e que não são tidas como “padrão”.

Tal postura, que cria campos fechados de conhecimento, proibindo relações entre os saberes – ação que é considerada pecaminosa, a partir de uma perspectiva altamente disciplinar, a qual a escola herdou da hierarquia das instituições religiosas –, deixando de valorizar o “estar com o mundo, em favor de um “sentir-se dono dele”, assumindo como universais verdades particulares e as usando para abusar de um poder legitimado pela universidade.

A conclusão à qual não podemos fugir, opondo estes dois quadros, é que, em uma escola que queira desenvolver a cidadania de uma maneira consciente, deve ser entendido como conhecimento aquilo que estimulamos nos alunos, isto é, aquilo que nasce das vivências ofertadas a eles no ambiente escolar. Essa abordagem se permite não “imitar” diretamente atividades sociais (como estar em uma entrevista de emprego ou prestar vestibular), pois é absolutamente possível, posteriormente, que os alunos que passaram por esse tipo de processo de escolarização tenham acesso a informações específicas (como fórmulas matemáticas) que lhes facilitem a materialização dos conhecimentos adquiridos, mas que jamais podem barrar o primeiro ímpeto de relacionar-se com o novo através de experiências ricas.”

  • Guilherme Adami

Professor de inglês do Ensino Fundamental  e do Curso Técnico em Administração da  Escola Antonio Cintra Gordinho.

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